Dinamite para todos, facilidade de acesso ao explosivo é a maior causa

A apreensão de um adolescente de 17 anos com 187 bananas de dinamite, semana passada, em Paracatu, no Noroeste mineiro, mostra como não há dificuldades no acesso aos explosivos.

O jovem foi detido depois de comprar drogas e disse à polícia que o material era do pai, um homem que já havia sido preso por roubar dinamite de uma mineradora. Em outro caso, também na semana passada, outro menor foi pego no Bairro Jardim São José, na Região Noroeste da capital. Ele disse que pagou R$ 300 por duas bananas de dinamite na Praça Sete, no Centro de BH. Prisões e apreensões desse tipo têm sido frequentes e, por isso, o chefe do Departamento de Crimes contra o Patrimônio da Polícia Civil, delegado Márcio Nabac, diz que é importante “secar a fonte”.


O delegado integra a força-tarefa criada pelo estado para combater esse tipo de crime em Minas e afirma que as empresas precisam, sim, reforçar a segurança dos depósitos. Ele lembra que os investigadores acompanharam apenas duas fiscalizações do Exército – feitas no fim de maio e no início de junho, nos municípios de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e em Nova Era, Região Central – e as duas mineradoras tiveram seus depósitos lacrados. “Os paióis foram lacrados por falta de cuidado com o material explosivo. A de Nova Era sequer sabia do desvio dos explosivos, apreendidos pela polícia em uma ação criminosa”.


O policial acrescenta que uma ação conjunta está sendo planejada para daqui a dois ou três meses e avalia que há falta de interesse das empresas em ter uma atenção especial com os explosivos armazenados. “Os depósitos ficam em lugares ermos, com um vigilante desarmado e apenas um cadeado. Elas precisam estar junto nessa. A gente tem que atacar a fonte”.

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